sábado, 11 de outubro de 2008

Carla Peterson entrevista

Conexíon Brando.

Carla: "Adoro a Brando. Sempre a comprava quando fazia Lalo, porque era como eu imaginava que uma homem leria."
BRANDO: O que ainda gostaria de realizar profissionalmente?

Carla:Teatro Clássico, mas a nível comercial, para difudir. Uma obra de Shakespeare, que fosse vista por todo mundo. E uma biografia, gostaria muito de interpretar a vida de alguém que exista ou já existiu, seria um desafio.

BRANDO: Como a vida de quem?

Carla: Eu... Seria a vida de Mirtha. Somos parecidas. Veja? (risos) Eu sempre penso nas loiras.
BRANDO: Poderia fazer dois a vida de Mirtha e da sua irmã...

Carla: Ah sim! A Melissa, Adororaria.
BRANDO: Depois de Lalola, havia dito que iria descansar, ficaria longe das teles e das novelas...

Carla: É mentira, não é sério: realmente era essa minha idéia, mas estava muito interessada na proposta de Los exitosos Pells. Eu adoro atuar, e fui convidada a participar. Não pensava que iria aparecer um projeto tão rápido para mim, na verdade. É difícil, depois de algo tão marcante que foi Lalola. É divino pensar em ficar tranquila, descansar, mas não sei quando tempo aguentaria ficar em casa. Este é o último, agora sim, juro aqui. Ficarei um tempo desempregada.

BRANDO: Essa novela trará grande parte da equipe do trabalho anterior, e o telespectador sabe de alguma maneira esperar uma grande coisa. Em Lalola era um homem no corpo de uma mulher. Em Pells, qual será a supresa?

Carla: É o casamento de dois famosos apresentadores de uma canal de notícia, que vive uma casamento de aparência, porque na realidade não se amam, e ele é gay. Quando acontece uma acidente ele é substituido por outro, e eu nada sei. E seguimos a vida com meu marido, que é outro homem... e esse não é gay. E se apaixona por mim, e ai começa a comédia da novela. Mike vai fazer ele. Melhor digo os dois. Agora ele que faz os personagens mais complicados, que mais leva drama, como aconteceu comigo em Lalola. E eu me desfruto em fazer a comédia.

BRANDO: Não um pouco bipolar, ser atriz. Toda essa vaidade que implica, e ser reservada na vida particular?

CARLA: Não é difícil é? Sai naturalmente de mim (risos). As vezes custa um pouco, porque antes de ir ou não ir a um lugar, penso. Mas quando eu decidi ser atriz planeja esse meu perfil, de resguardar ou não minha vida privada, nem nada.

BRANDO: Mas de alguma maneira sempre conseguiu escapar naturalmente de responder se quer filhos, se vai casar.

CARLA: Ai! Todas essas perguntas feias! Mas também por ser segunda tanto tempo, e ai tem mais prazer, que não interessava tudo isso da minha vida. E é agora que aparecem as perguntas, mas já estou grande. E o que vou dizer? Tudo é um pouco evidente. Se vou casar? E sim...Se quero ter filhos? E sim. O não, mas essas coisas são normais.

BRANDO: Igual, agora você fala muito naturalmente “meu namorado”, algo que antes jamais tinha feito. Tem um esclarecimento.

CARLA: Sim, mas é porque agora tenho um namorado! (risos).imagina se em uma nota vai dizer: “Sim, este fim de semana sai com um rapaz aqui do bairro”. É pouco interessante (mais risos). Também poderia ter aproveitado antes para sair com coisas como: “Sim, Brad Pitt me mandou um e-mail”, mas, bem, não me ocorreu. A verdade é que poderia ter inventado um par de coisas no passado, mas não estive atenta.

BRANDO:Seu namorado não é ator. Isso complica?

CARLA: Sem duvida, minha profissão é bastante particular e não é qualquer um que suporta. Incluindo naquela época, quando não era tão conhecida, mas só para mim era...Para, para>”Aquela época” digo, haha, e aquela época foi faz um ano e meio (risos).

BRANDO: A gente muda de um montão em um ano. O que estava fazendo em outubro do ano passado?

CARLA: Estava começando Lalola. Saia no ar fazia muito pouco tempo, tinha ido a Milão fazer um papel no teatro e ligava por telefone. Perguntava como ia e me diziam: “Faz 12 pontos, na America, fica ai’”.

BRANDO: Jamais tinha imaginado?

CARLA: Mas zero! E depois...o que foi chegar....e tudo o que acabou passando.

BRANDO: E fora do profissional. Também esta em um lugar diferente do ano passado?

CARLA: Claro. Eu não tinha namorado antes de Lalola, imagine. E no final estou te contando tudo, tche... Bom, eu te conto tudo (risos) Mas sim, a verdade é que foi um ano de muitas mudanças: uma grande sida profissional, um crescimento enorme, alguém que me acompanha. Acredito que foi um dos melhores anos da minha vida.

BRANDO: E no ano que vem a esta altura, onde acredita que vai estar?

CARLA: Descansando. “Juro que sim” Faz anos que trabalho em novelas todos os dias e me sinto como se tivesse feito a universidade de novelas. Não! Mais! Primário, secundário, universidade e pós graduação da telenovela! Tenho que me retirar um pouco. Porque já tenho varias coisas que quero fazer, realmente.
BRANDO: Como o que?

CARLA: Estar na minha casa e também viajar. Eu gosto de estar com meu namorado, falar com meus amigos, assistir filmes.
BRANDO: O que tem visto ultimamente?

CARLA: Ontem vi ladrão de bicicletas e na semana passada, Vertigem. Eu gosto muito dos clássicos. Sou antiga.
BRANDO: Tem uma videoteca grande?

CARLA: Agora estou começando a ter. Não é grande, não é enorme, mas tenho muitos filmes na maioria clássicos, repito.
BRANDO: Ultimo concerto que foi?

CARLA: Fomos ver Bill Callahan no Niceto, Essa é a influencia do meu namorado, ele me faz ouvir coisas mais modernas e esta ótimo. Fomo a este concerto e foi muito lindo. Já que é tão difícil conseguir entradas pra Madonna.
BRANDO: Você vai?

CARLA: Olha, quero ir, eu declaro: quero ir. Quero comprar a entrada de Madonna e se alguém me disser como, eu agradeço muito. Porque isso de por telefone é mentira. Ir para a fila eu não posso. Em um cambista não vou comprar. Assim que faço um pedido a solidariedade. Compro entradas pra Madonna, vip, platéia, aonde for.

BRANDO: Você foi vê-la da outra vez que veio?

CARLA: Sim! Éramos tão jovens! E foi muito lindo, por isso quero ir agora. Mas bem, foi mais fácil comprar a entrada quando era uma menina do colégio. Não sei como fiz. A gente não tinha nem internet nem nada. Eu consegui a entrada desta vez e agora que supostamente teria que ser mais fácil, é muito mais difícil.

BRANDO: Vá direto ao ponto “coisas que me fazem falta”.

CARLA: Sim: conseguir a entrada de Madonna. Ai, realmente espero poder ir vê-la. Tomara que não fique pendente isso. E bom, sim não....Assisto em casa em um DVD, ou pela TV porque certamente vai passar.(risos)

BRANDO: Como é um fim de semana ideal?

CARLA: Longo! Longo! Eterno!
BRANDO: Com ou sem saídas a noite?

CARLA: Não, não preciso. Não tenho vida noturna agora.

BRNDO: Por quê?

CARLA: É que trabalho muito, assim que a noite descanso. E trato de comer bem porque senão, de manhã chego com uma cara impossível. Tenho que me cuidar para a novela, para poder fazer cinema, e para não terminar me operando toda (risos). Não quero passar por velha já.
BRANDO: Pesadelo: passar pó mãe de filhas já grandes.

CARLA: Não! Claro (risos), Viu? Tem que se cuidar. Alem disso, me levanto muito cedo e a vida muito noturna me da sono. Já a uma da manha quero dormir. É por isso e porque me sinto melhor, realmente. Custa um pouco. As mudanças levam tempo. É como quando vamos a academia: nunca se vê magra e deixa de ir antes de que comece a fazer efeito, porque não existe resultados imediatos.

BRANDO: Você tem 34 anos. Te preocupa a idade?

CARLA: Não, mas começo a ver o passar do tempo. Não somente em mim, mas também em meus amigos, em minha família, e isso me da uma realidade horrenda, mas é a realidade. Era mais fácil ver a realidade quando não se notava tanto que o tempo passava. Quando me olho no espelho é o de menos, mas o que me mostra a idade é tomar consciência do tempo.
BRANDO: O tempo já não esta a favor?

CARLA: E não. E não quero que siga chegando. Agora quero que pare e antes queria que avançasse. Eu, hoje, faço qualquer coisa para que pare aqui.
BRANDO: E isso te deixa mais transcendental?

CARLA: Dar-me conta de que o tempo passa me faz decidir que tem que fazer tudo o que se tem vontade de fazer. Então, me torno ativa e faço tudo o que me diverte o que eu gosto. Eu sinto que tenho todas as possibilidades, que tudo esta AL meu alcance. Às vezes a gente se queixa, mas é bastante possível realizar muitas coisas.
BRANDO: E você pode fazer tudo o que quer?

CARLA: Eu sim. De maneiras diferentes, mas sim. O que me custa às vezes é ter inteligência para realmente pensar grande, não ficar com qualquer coisinha. Tem que querer mais, mais e mais. Queria poder pensar grande, porque eu vou sempre fazendo coisas pequenas e às vezes me pergunto se não deveria dar um salto no que quero fazer. Se afinal, tudo passa tão rápido.
BRANDO: Que coisas você nem gosta de pensar?

CARLA: E, agora, mas que tudo, trabalhar tanto que não tenho muito tempo de não trabalhar começa por ai, por querer tempo livre de verdade e em quantidade para dedicar-me a viajar muito antes de ter minha família, que quero ter. E então isso é gigante de imaginar.
BRANDO: Formar sua própria família te assusta?

CARLA: Não, me intriga. Me deixa com uma pergunta enorme, mas são coisas que deveria ir passando e, bom, confio nisso. Mas sei que tenho um tempo, isso é real. Mas a pergunta do relógio biológico não faça haha. Por favor.

BRANDO: Não, não. Me lembrava do filme Quando Harry conheceu Sally, onde em uma cena ela chora desconsolada e diz quês esta por fazer 40 anos e ele se lembra que só tem 32. E ela responde: “Bom, por isso, já faço 40”.

CARLA: Claro, sim, essa é um pouco a sensação que as vezes tenho. Mas eu, pior, digo: “Vou ter 50”. Um espanto. Faltam 15 anos! E não, claro, assim a gente vai ao tenho-que-ter-um-filho-já e não esta bom. E eu sou assim, exagerada, fui direto aos 50 (risos). Eu, 50 anos....qualquer coisa....

BRANDO: Se imagina aos 50?
CARLA: Sim, imagino. O pior que isso: que me imagino (risos).

BRANDO: Quando criança se imaginava sendo atriz?

CARLA: Sim, mas não sabia realmente o que era ser uma atriz. Depois, quando cresci, vi qual era o panorama e quais eram os cenários, ou seja: televisão, teatro, cinema, e fui me interando. Mas toda minha vida pensei que ia ser atriz.
BRANDO: O que imaginava desde a fantasia?

CARLA: Me via chegando a estréia do meu filme com um vestido de pele sintética branco (risos). E descendo de um carro antigo, grande. Porque sou antiga para essas coisas. Por isso o de Mirtha Legrand (risos). E depois, também me imaginava nas fotos. Não as reportagens, mas sim bem nas fotos. É que tem algo de vaidade em ser ator, viu. E os prêmios, os discursos de agradecimento. A idéia sempre foi dizer coisas muito inteligentes, mas chegando o momento não acontece. A gente gagueja, se esquece de agradecer a muita gente.
BRANDO: Sua vida real se parece com isso que imaginava?

CARLA: Sim. E isso me deixa contente. E também pela maneira em que foi acontecendo tudo. Imaginava-me também assim, como é a realidade, e isso me encanta, porque me da esperança e confiança nas coisas que faço. Mas além dos erros, que vai haver um montão e houve milhares.

BRANDO: Quando criança, no colégio, era das lindas, das graciosas, das feias, das gulosas...
CARLA: Era das graciosas. E a capitã das equipes. E das esportistas. Meus companheiros gostavam muito de mim, alem disso. Eu era a que organizava os atos e fazia tudo. Estudava, me divertia. Mas também às vezes fui escolta, eh. O prazer de ser o segundo, não?

BRANDO: E agora que cresceu, de quais é?

CARLA: Quando protagoniza uma novela esta ai, na cabeça do grupo, e tem que ver como dirigir uma equipe. Faço comédia, assim que continua sendo a divertida. Alem disso, eu gosto de fazer palhaçadas físicas quando trabalho me jogo assim para que alguém me ataque, ou faço piruetas. Me faço de esportista o tempo todo. E me entusiasmo com cada coisa que faço. Acredito que continuo sendo a mesma. Basicamente, das graciosas que fazem de tudo, digamos. Mas grande.

BRANDO: O quanto se importa com a estética?

CARLA: Me sinto bem e me vejo bem. Me encanta a moda e a roupa. Mas como uso muito isso nos programas de televisão, depois na minha casa, não sei, sou mais do jeans e pulôver. Mas um dia vou ter um guarda roupas enorme, repleto. Quando for velha, haha, milhares de batons vou ter (risos).

Vídeo: backstage das fotos

Um comentário:

.Ψ.мσšεllє .Ψ· disse...

nossa! amei essa entrevista dela, o que não gostei foi de saber que ela está namorando outro cara :(
mas, fazer oq?
bjos e parabéns